Estratégias utilizadas na comunicação sobre alimentação

Actualmente para se comunicar, sobre a alimentação, podem ser utilizadas diferentes estratégias, como dar a conhecer, fazer gostar e fazer agir. Sendo o objectivo da publicidade fazer o consumidor agir sobre o produto, estas estratégias são cada vez mais utilizadas em conjunto.

Abaixo daremos alguns exemplos de publicidade que recorrem a estas estratégias.

Com esta publicidade, a Danup pretende dar a conhecer os novos produtos e, ao mesmo tempo, fazer o consumidor gostar.



A utilização de promoções, prémios, brindes e oferta dos novos produtos são alguns dos métodos que fazem o indivíduo agir sobre os produtos. Estes métodos são utilizados pelas diversas marcas e abaixo estão apenas alguns exemplos.

Danup Nestlé McDonald's

O papel do nutricionista

Cada vez mais o nutricionista tem vindo a adquirir um maior destaque na sociedade, dado que esta pertende ser esclarecida acerca dos benefícios e malefícios de determinados hábitos alimentares. Deste modo, a informação transmitida pelo nutricionista deveria ser apenas de carácter científico, mostrando as vantagens e desvantagens de um alimento, fazendo o respectivo balanço.
Na realidade, alguns nutricionistas aparecem associados a determinadas marcas, onde além de tentaram melhorar a mesma, pretendem também expor os benefícios dos seus produtos.

Este é um dos exemplos em que apenas se expõem as vantagens do produto.
"Quais as vantagens dos Cereais integrais que agora fazem parte de todos os cereais Nestlé?
Esta iniciativa da Nestlé vem proporcionar aos consumidores uma opção de alimentação mais saudável e reforçar a importância da primeira refeição do dia, o pequeno-almoço. Os cereais integrais, por serem ricos em fibra apresentam múltiplas vantagens a nível da saúde, entre elas o controlo do peso corporal, o controlo dos níveis de colesterol e o bom funcionamento intestinal.". in www.nestle.pt



Este é um caso em que a informação é transmitida de um modo imparcial.

"Aprovado primeiro medicamento para emagrecer sem receita médica"

Foi aprovada a venda do primeiro medicamento sem receita médica, que aliado a uma dieta, pode reduzir até 50% do peso. O facto de actuar só no intestino, sem prejudicar outros órgãos, como por exemplo o coração, é uma mais valia para o medicamento.
" "Não é a pílula mágica", disse a nutricionista porto-riquenha Sylvia Meléndez-Klinger, em entrevista à EFE, acrescentando que dará um "empurrãozinho" na perda de peso (...)".
Saiba mais...

A Comunicação estruturalista e funcionalista

A comunicação sobre alimentos pode ser realizada baseando-se em duas correntes diferentes. Por um lado, pode ser feita apresentando apenas o produto e apelando às emoções do consumidor. Por outro lado, pode basear-se nos benefícios nutricionais que os produtos podem ter e que podem ser favoráveis para o consumidor. Há ainda um outro modo de comunicar com o público em que há uma mistura das duas correntes, apelando-se às emoções que os produtos causam, sem esquecer os benefícios que destes podem advir.

Este é um exemplo em que a comunicação se centraliza nos benefícios nutricionais do produto para o publicitar e incentivar o seu consumo.

A Compal para publicitar os seus produtos baseia-se não só nas emoções e no prazer de os beber, mas também no seu teor nutritivo. Para ver a apresentação da Compal clique aqui, depois clique em Estudantes e faça o dowload da apresentação.

Este é um exemplo em que a comunicação se baseia no cómico para cativar o público e, consequentemente o consumo.

Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?

Talvez a resposta seja bastante complexa, mas a realidade é que as pessoas gostam, e precisam, cada vez mais de ouvir falar sobre o que comem.

Diversas doenças surgem na actualidade, e que umas das causas é a alimentação, chamam a atenção para este factor. As pessoas procuram cada vez mais ajuda para saberem o que devem comer, além disso, as novas opções de comida que surgem (fast food, vegetariana...) levam a interrogações sobre o caminho a seguir para ter uma alimentação saudável.

Cada vez mais temos acesso a uma enorme oferta, não só de novos produtos, mas também produtos característicos de determinadas regiões. Ocorre uma aprendizagem que se baseia no conhecimento popular, o que nos remete muitas vezes para práticas incorrectas.